Professora discute diversidade no 2º episódio no podcast do PPGCOM

Emanuelle Caroline e Jorge Amorim*

Está no ar o segundo episódio da 5ª temporada do podcast do PPGCOM/UFMT, “Conversa de pesquisa”. A entrevistada da vez é a professora doutora Nealla Machado, docente permanente do Programa e do curso de jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Durante a conversa, Nealla conta sobre sua trajetória acadêmica e explana a respeito da linha de pesquisa/trabalho que conduz no PPGCOM.

A pesquisadora é mestra e doutora em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT e coordena o projeto de pesquisa, na graduação, “Representações e o Audiovisual Brasileiro”, no qual, junto aos integrantes do grupo, analisa e estuda as representações e as representatividades em produções audiovisuais do Brasil.

“Eu gosto muito de tentar entender o conceito de representação, o que é uma boa representação de pessoas pretas e LGBTs, por exemplo. O objetivo desse projeto de pesquisa é fazer com que os estudantes compreendam as nuances dessa representações e entendam o próprio significado de representar. Representar para quê e para quem”, explica Nealla.

A doutora destaca que, para pensar a representatividade, é necessário expandir o conceito de audiovisual, para além da televisão e do cinema, e abarcar as redes sociais e a internet como um todo. Ela também avalia positivamente o avanço da representação de gênero tanto na TV quanto na sétima arte, porém, ressalta que a situação é diferente em determinados nichos da internet. “A internet é esse lugar no qual há milhões de possibilidades de representação. Por isso, fizemos os recortes de raça, classe e gênero”, afirma a professora.

Perguntada sobre a representação de minorias sociais na mídia local, a docente avalia como incipiente as ações dos veículos da região no que diz respeito à participação ativa dessas pessoas nos produtos midiáticos locais. “É recente a presença de âncoras e repórteres negros na mídia mato-grossense. Isso, na televisão. Nos sites não há essa preocupação”, complementa: “Aqui, em Mato Grosso, há muito no que se avançar a respeito da diversidade”, afirma a professora.

Esses são alguns tópicos abordados na entrevista, para escutá-la na íntegra, basta clicar aqui. A conversa foi conduzida por Bruno Fernandes e Gustavo Klimiuk. O trabalho de produção e edição ficou por conta de Aline Nunes e Giovanna Baiocco, todas/os estudantes de Jornalismo.

Conversa de pesquisa
O podcast do PPGCOM está ativo desde de 2020 e já possui 4 temporadas completas com conversas e entrevistas com docentes e discentes do Programa. Todo o processo de produção, pesquisa e entrevista desta nova temporada é feito pelos integrantes do projeto de extensão Empiria, que envolve estudantes de graduação em Jornalismo da UFMT. Para escutar as entrevistas anteriores, basta acessar o perfil do PPGCOM-UFMT no Spotify.

*Estudantes de Jornalismo da UFMT e membros do projeto de extensão “Empiria: agência de jornalismo e divulgação científica”