Letícia Capanema e Vinicius Souza lançam obras sobre cinema e audiovisual em MT e fake news, política e mudanças no modo de pensamento
Além das 56 exibições que compõem a programação da MAUAL, a 21ª edição do evento ainda dedica espaço ao lançamento de obras com temas relacionados ao audiovisual e ao impacto das imagens sobre a nossa vida na atualidade.Entre os trabalhos que serão lançados, dois têm a participação direta de docentes do PPGCOM/UFMT.
A coletânea Cinema e Audiovisual em Mato Grosso, que será lançada na abertura da 21ª MAUAL, em 20 de outubro, apresenta ensaios, artigos, relatos de experiências, resenhas, críticas e entrevistas em torno da experiência audiovisual, de ontem e hoje, no Estado de Mato Grosso.
Em formato de e-book e acesso gratuito, o livro reúne vinte e quatro textos elaborados por diversos/as autoras e autores que enviaram suas propostas por meio da chamada pública realizada em maio de 2022.
A obra inaugura um novo projeto editorial do Cineclube Coxiponés e tem a organização da professora do PPGCOM Letícia Capanema, ao lado da pesquisadora AlineWendpap, do PPGECCO, do professor Diego Baraldi, do curso de Cinema e Audiovisual da UFMT, e do professor Gilson Costa, do curso de Jornalismo da UFMT, Campus Universitário do Araguaia. Cinema e Audiovisual em Mato Grosso é o primeiro de uma série de publicações que Cineclube Coxiponés pretende lançar, anualmente, reunindo textos que abordem a temática audiovisual.
Com selo da editora Paruna, além da versão digital, o livro também terá versão impressa, cujo lançamento ocorrerá durante a programação que celebra o aniversário da UFMT, em dezembro de 2022, também com distribuição gratuita.
Também professor do PPGCOM, Vinicius Souza lança o livro Quer que desenhe? Imagens, fake news e mudança no modo de pensamento, que resulta de pesquisas recentes do professor e do pós-doutorado realizado na Universidade de São Paulo.
Na obra, Souza desenvolve a hipótese de que a forma hegemônica de pensamento da humanidade, na atualidade, está mudando com a profusão das imagens no ambiente midiático mundial. Sua ideia se baseia na teoria do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser de que a invenção da fotografia iniciou a era da pós-história, com a volta do ancestral raciocínio baseado em imagens lentamente se sobrepondo àquele calcado nos textos escritos.
A obra traz análises de casos concretos no Brasil para demonstrar como a hegemonia do pensamento mágico-imagético-circular está afetando a política, a sociedade e o nosso ambiente midiático, desde os jornais impressos, até produtos audiovisuais e passando, claro, pelas redes sociais. Além de autores clássicos que influenciam o pensamento de Souza, também estão presentes no texto, e nas imagens, do livro pensadores decoloniais, ativistas e jornalistas que só recentemente começam a ser estudados na academia.
‘Quer que desenhe? Imagens, fake news e mudança no modo de pensamento’ já está disponível aos interessados nos formatos e-book e impresso com edição da Editora Casa Flutuante e apoio do PPGCOM-UFMT, Departamento de Jornalismo e Editoração da USP e o Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação da USP.