Luãn Chagas e Pâmela Craveiro integram novos Grupos de Trabalho da Associação pelo próximo triênio.
Importante entidade que atua no fortalecimento da pesquisa científica em Comunicação no Brasil, a COMPÓS (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação), definiu recentemente quais seriam os Grupos de Trabalho (GTs) aprovados para o período 2023/2026. Entre esses estão os GTs de Estudos Radiofônicos e de Processos Comunicacionais, Infâncias e Juventudes, nos quais os professores Luãn Chagas e Pâmela Craveiro, ambos do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Poder (PPGCOM/UFMT), atuaram diretamente na fundação.
Conforme Luãn Chagas, o GT de Estudos Radiofônicos é resultado da participação de vários professores que se mobilizaram para que o grupo fosse aprovado neste ano. O docente acredita que o surgimento do espaço será de grande importância para a pesquisa do tema no país e ajudará a pensar os desafios da área daqui em diante. É necessário, por exemplo, repensar marcos metodológicos nos estudos em rádio e mídia sonora, fugindo de tantas análises clássicas e partindo para as análises que priorizam as composições sonoras.
“Teríamos que ter uma análise que fosse aprofundada para ter auditoria sonora mesmo, que é o que eu acho que é o grande desafio da atualidade, dos pesquisadores pensando já nos trabalhos que serão enviados ano que vem para o GT”, afirma o professor que defende ainda que a criação de um GT voltado a este tema era também uma necessidade política.
O GT é coordenado pelo professor Eduardo Vicente da Universidade de São Paulo (USP) e pela professora Sônia Pessoa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que coordenam o grupo. Além de Chagas, integram também o grupo professores como Marcelo Kischinhevsky da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Izani Mustafá, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Já a professora Pâmela Craveiro destaca que o projeto é fruto de uma construção coletiva desenvolvida no âmbito da RECRIA (Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências) e encabeçada pelas Professoras Inês Vitorino (UFC) e Cláudia Pereira (PUC-Rio).
Com o objetivo é ajudar a preencher as lacunas existentes no campo da Comunicação, que até então careciam de um espaço para o debate científico qualificado sobre as questões relacionadas à infância e à juventude em interface com os processos comunicacionais. “Sabendo a importância que é a abordagem dessas narrativas tem para o desenvolvimento de pesquisas e para a comunidade externa, abrir esses espaços para debates promove um avanço significativo para a comunicação”, afirma Craveiro.
Mais sobre a Compós
A COMPÓS é uma associação sem fins lucrativos cujo objetivo é melhorar a publicação de materiais e pesquisas de Pós-Graduação dentro do Brasil na área de Comunicação Social. São vários programas de mestrado e doutorado do país afiliados à comunidade.
A associação recebe os trabalhos e eles são encaixados em cada grupo de trabalho, os GTs, que nada mais são que as áreas de interesses de pesquisa dentro da Comunicação. A existência do GT permite um alinhamento entre pesquisadores da mesma área e também em auxilia em questões de avaliação e sugestão de melhoramento dentro da pesquisa. Para um trabalho ser inscrito, ele deve ser inédito, ou seja, não pode ter sido publicado ainda.
Após a inscrição dos trabalhos, eles passarão por uma seleção para determinar aqueles que podem ser apresentado no Congresso Anual da COMPÓS. Os trabalhos selecionados, além da apresentação, também passarão por um debate dentro dos GTs onde receberão sugestões e observações.
Esta matéria foi escrita pelos estudantes do curso de graduação em Jornalismo Aline Costa, Mayara Correia e André Macedo; e editado por Safira Campos, mestranda do PPGCOM.