Docente do PPGCOM/UFMT colabora com livro do PPGCOM/UFMG

Os textos levam os leitores em um mergulho sobre a compreensão do feminismo, da música, dos gestos políticos, da interseccionalidade e das principais pesquisas da área sobre raça e gênero

O poder também pode ser entendido como um ato de escrita e de fala. Ser ouvido. Ser lido. A escrita coletiva, trazendo à baila questões pertinentes ao convívio social, como o feminismo, e a sonoridade formam um registro histórico para a comunidade. Isso permite que gerações inteiras lembrem da obra e garante, de certa forma, que o conhecimento seja preservado à sociedade vindoura.

Em suma, este é o cerne do capítulo “A escrita coletiva e ancestral na música de Luedji Luna”, escrito pela professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Poder da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGCOM/UFMT), Tamires Ferreira Coêlho. 

Outro capítulo também escrito pela docente se chama “Elas por Elas: o ‘ser mulher’ na escrita musical de Maysa, Rita Lee e Vanessa da Mata”, junto com a jornalista Isabela Santiago.

Os capítulos fazem parte do livro “Sororidades e Sonoridades Femininos e (em) Músicas”, idealizado e organizado pelos professores Nísio Teixeira e Graziella Vianna, pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGCOM/UFMG).

A professora Tamires Coêlho conta que o projeto foi especial por reunir mulheres interessadas em pesquisar sobre feminismo e música. “O livro, mais que uma obra acadêmica, foi um encontro de almas! A gente se reuniu por meses, leu os textos umas das outras, comentou, contribuiu, se fortaleceu neste período pandêmico em torno de um projeto comum sobre dois temas tão potentes: música e mulheres. É um compilado de textos de mulheres incríveis escrito por mulheres maravilhosas. É uma honra fazer parte disso”, explica.

Partindo da reflexão sobre as teorias em torno da escrita de si, o capítulo sobre a música de Luedji Luna leva os leitores em um mergulho sobre a compreensão da interseccionalidade, passando pelas principais pesquisas da área sobre raça e gênero.

Cantora baiana, Luedji Luna se tornou a atual estrela da Música Popular Brasileira (MPB). Com nome de rainha africana, Luna conquistou o público nacional e internacional com seu primeiro disco “Um Corpo no Mundo”. O rit “Banho de Folhas” já ultrapassa a marca de 9 milhões de plays no Spotify, de acordo com a revista Glamour.

Já o texto assinado junto com Isabela, revela um olhar de autorrepresentação feminina na canção da MPB. A discussão reflete questões sobre como a mulher fala de si, o que ela fala de si e o que essa fala pode proporcionar para si e para outras mulheres.

Confira o livro na íntegra.

Veja o lançamento do livro aqui.

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