Em grupos temáticos, docentes e discentes do Programa traçam objetivos para um novo ciclo avaliativo.
Criado há menos de um ano, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) já possui um planejamento de trabalho para os próximos quatro anos. É neste cenário que o Seminário de Planejamento Estratégico teve como objetivo traçar as próximas ações do programa para o quadriênio 2021-2024. Organizados em três grupos temáticos, “Programa”, “Formação” e “Impacto Social”, os docentes e discentes discutiram questões cruciais do PPGCOM, desde a infraestrutura do programa à formação acadêmica e ao impacto social das pesquisas na comunidade.
Durante três semanas, em encontros realizados de forma remota, em razão da pandemia da Covid-19, docentes e representantes dos discentes do PPGCOM construíram propostas de ação a partir de uma avaliação diagnóstica prévia, articulada com as Fichas de Avaliação da Área de Comunicação e Informação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Ao final do seminário, os planos de cada grupo foram apresentados e debatidos coletivamente.
Coordenador do PPGCOM, o professor Bruno Araújo destaca que o Seminário foi um esforço importante neste início de trajetória do programa. “O Mestrado em Comunicação da UFMT, que funciona há menos de um ano, inicia a sua trajetória de uma maneira muito consciente e tem neste Seminário a oportunidade de aprofundar as estratégias para impactar a pesquisa em Comunicação em Mato Grosso por meio de uma construção coletiva do que queremos ser nos próximos quatro anos”, pontua.
Líder do GT Programa, o professor Thiago Cury, também coordenador do curso de Jornalismo da UFMT, liderou a discussão sobre planejamento da equipe em relação à infraestrutura do programa. Ele destaca as questões positivas e negativas dos espaços físicos que serão usados para os trabalhos do PPGCOM, como sala de aula, de reunião, orientação, estudos, biblioteca, acervo bibliográfico. Segundo Cury, esses pontos elencados são mais relacionados às questões internas que permitem o bom funcionamento do programa.
“Além disso, ainda pensando no critério de infraestrutura, nós também buscamos estabelecer os parâmetros que estão dados para a coordenação do PPGCOM e a sua secretaria, como a conquista de espaço físico para que sirva de sede para essas duas instâncias”, disse. Além do professor Thiago, fizeram parte do GT Programa as professoras Andréa Ferraz Fernandez e Tamires Coêlho, o professor Bruno Araújo e o representante discente no Colegiado, Pedro Augusto Elias Cardoso.
No segundo grupo temático, o GT Formação, liderado pela professora Pâmela Craveiro, docente também no curso de Publicidade e Propaganda da UFMT, a formação acadêmica saltou aos olhos pela qualidade dos trabalhos de pesquisa realizados em tão pouco tempo de existência do PPGCOM. Para Pâmela, o grupo de trabalho foi uma oportunidade para refletir sobre o que já foi feito e o que virá. “Esse momento de diagnóstico foi fundamental para que, enquanto coletivo, pudéssemos projetar, com embasamento, o que queremos construir nos próximos quatro anos,” afirma.
“Também vimos que já possuímos alguns espaços, como grupos de pesquisa e projetos de extensão, que são muito importantes para a formação de nossos mestrandos e para a integração entre graduação e pós-graduação”, acrescenta Craveiro. Em relação às ações dos próximos anos, ela espera fortalecer esses aspectos e expandi-los cada vez mais. O GT Formação foi composto pelas professoras Pâmela Craveiro, Jociene Pedrini e Letícia Capanema, pelo professor Vinicius Souza e pela representante discente Karina Stein.
Já o terceiro e último grupo de trabalho, o GT Impacto Social, liderado pelo professor Luãn Chagas, docente também no curso de jornalismo da UFMT, discutiu impacto das pesquisas acadêmicas na comunidade e propostas de ações neste campo para o quadriênio 2021-2024. De acordo com Luãn, o PPGCOM, hoje, representa um avanço importante no conhecimento científico sobre a comunicação no contexto do estado de Mato Grosso. Segundo ele, o impacto social se torna fundamental para que os docentes e discentes pensem em como chegar à população e como mostrar a ela a importância da ciência, especialmente da análise dos objetos comunicacionais.
Temos hoje uma relevância fundamental das pesquisas desenvolvidas no PPGCOM para a produção do conhecimento científico sobre comunicação e sua importância na sociedade
“Talvez nunca foi tão importante que a gente analisasse, não só hoje diante do que estamos vivendo, mas como a comunicação tem sido realizada, sobretudo como a gente pode oferecer novos olhares para a comunicação e como mostrar para a sociedade que isso é importante”, ressalta Chagas ao comentar o alcance dos trabalhos do PPGCOM em âmbito regional, estadual, nacional e internacional a partir de eixos de impacto socioeconômico, cultural e de saúde pública.
“Temos hoje uma relevância fundamental das pesquisas desenvolvidas no PPGCOM para a produção do conhecimento científico sobre comunicação e sua importância na sociedade”, finaliza ele. Além de Luãn, o GT contou com a participação dos professores Pedro Pinto de Oliveira, Cristóvão Almeida e da professora Liziane Soares Guazina, da Universidade de Brasília (UnB) e colaboradora do PPGCOM.
Os trabalhos do seminário ocorreram em duas partes. Na primeira, entre os dias oito e 12 de fevereiro, os GTs fizeram uma autoavaliação do PPGCOM a partir dos itens da Ficha de Avaliação da CAPES. Na segunda, entre 13 e 22 do mesmo mês, construíram o plano de ação a partir do diagnóstico realizado. A abertura do evento teve a participação especial do professor Edson D’Almonte, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador da área Comunicação e Informação na CAPES.
O que é a Ficha de Avaliação da CAPES?
As fichas de avaliação são documentos construídos pelas Comissões de Área da CAPES para avaliar o desempenho dos Programas de Pós-Graduação durante os quatro anos do ciclo de avaliação. Atualmente, a CAPES possui 49 áreas, sendo que os programas de pós-graduação em Comunicação integram a Área Comunicação e Informação, da qual também fazem parte as pós-graduações em Ciências da Informação/Biblioteconomia e Museologia. As avaliações dos programas acontecem a cada quatro anos.
O que tem na Ficha?
As fichas possuem critérios avaliativos segundo os quais a Comissão de Área avalia o Programa de Pós-Graduação, como, por exemplo, a quantidade de formandos, a qualidade das publicações em revistas científicas, livros e anais de congresso ou o nível de impacto social, cultural ou econômico das produções. Divididas em três eixos, Programa, Formação e Impacto Social, as Fichas de Avaliação possuem especificidades para cada uma das 49 áreas de avaliação, de acordo com o portal CAPES.
Matéria escrita por Rogério Júnior (estudante de graduação em Jornalismo) e editada por Safira Campos (mestranda do PPGCOM), no âmbito do projeto de extensão ‘Tornar Comum: Divulgação de Ciência em Comunicação e Poder’.