PPGCOM teve 15 trabalhos aprovados com temas que tensionam a interface comunicação e poder; evento será remoto por causa da pandemia
Pela primeira vez desde a sua fundação, em 1977, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) realiza o seu congresso anual, de 1 a 10 de dezembro de 2020, de forma virtual por causa da pandemia do novo coronavírus.
A 43ª edição do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação , que conta com o apoio institucional da Universidade Federal da Bahia, discutirá o tema Um mundo e muitas vozes: da utopia à distopia?A abertura será feita por Muniz Sodré, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O tema central do evento vem de um de seus principais objetivos este ano: revisitar o Relatório McBride quatro décadas após a sua publicação pela Unesco, em 1980, para pensar o mundo de extremos em que nos encontramos nos dias atuais.
Também conhecido como Um Mundo e Muitas Vozes, o relatório McBride se propôs a analisar as sociedades contemporâneas a partir de questões comunicacionais, tendo demonstrado preocupação com temas como a concentração da mídia, o acesso desigual à informação e outras questões que fazem parte da discussão corrente do campo comunicacional.
Apesar da mudança no formato de um dos principais eventos da área de comunicação no Brasil, o evento contará com a participação de centenas de pesquisadores e pesquisadoras de todo o país.
O PPGCOM estará representado pelos 15 trabalhos que foram aprovados e que refletem uma multiplicidade de temas e perspectivas dentro da interface comunicação e poder, área de concentração do Programa. Confira abaixo os trabalhos.
As “vozes autorizadas” sobre a Covid-19: A seleção de fontes especializadas no radiojornalismo – Luãn José Vaz Chagas (UFMT)
O áudio e a etnomídia no combate ao coronavírus em comunidades indígenas – Marcio Camilo da Cruz (UFMT), Jenisson Edy Viana Bartniski (UFMT) e Luãn José Vaz Chagas (UFMT)
Jornalismo Ambiental e os Incêndios no Pantanal: Cobertura da Mídia Matogrossense – Maria Clara de Oliveira Mendes Cabral (UFMT), Jociene Carla Bianchini Ferreira (UFMT)
Migração, Cidadania e Acolhimento: Cobertura Jornalística sobre os Venezuelanos – Cristóvão Domingos (UFMT), José Elias Neto (UFMT)
Maternidades Negras e Fuga das Imagens de Controle no Jornalismo Brasileiro – Nealla Machado e Tâmires Coelho, (UFMT)
Escrita Coletiva, Subjetivação e Esperança em Narrativas Bichas no YouTube – Pedro Augusto Pereira e Tamires Coelho (UFMT)
Não farás para ti imagem: Fé, política e pensamento mágico-imagético-circular – Vinicius Guedes Pereira de Souza (UFMT)
A metodologia na prática de pesquisa em Comunicação: análise de teses e dissertações da região sul – Laura Wottrich (UFRGS), Dulce Mazer (UFRGS), Maria Clara Sidou Monteiro (UFRGS), Pamela Saunders Craveiro (UFMT), Paula Viegas (UFRGS)
O neoliberalismo nos editoriais: o discurso de O Globo e O Estado de S. Paulo sobre propostas de reforma da previdência no Brasil – Fernanda Safira Soares Campos, Bruno Bernardo de Araújo (UFMT)
Contingências da morte na narração jornalística da vida: o desafio da construção de perfis póstumos – Thalia Aparecida Gonçalves, Sarah Cristina Mendes de Oliveira, Tamires Ferreira Coêlho (UFOP e UFMT)
A seleção das fontes políticas no radiojornalismo de Cuiabá (MT) – Tylcéia Tyza Ribeiro Xavier, Luãn José Vaz Chagas (UFMT)
Qual o lugar da publicidade na pesquisa em Comunicação? Uma análise da produção dos Programas de Pós- Graduação das regiões Sul e Sudeste – Ivanna Victória Rodrigues Felizardo (UFMT) e Pâmela Saunders Uchôa Craveiro (UFMT)
“Verdades e Mentiras” na obra de Orson Welles: autorismo, autenticidade e a expertise dos críticos – Pablo Borges Paz (UFMT), Letícia Xavier de Lemos Capanema (UFMT)
A publicidade no GP Comunicação e Educação do Intercom: análise da produção de 2015 a 2019 – Andrielly Sene (UFMT), Thiago Toledo (UFMT), Pâmela Craveiro (UFMT)
Rádio expandido em Mato Grosso: formatação e condições de trabalho na produção local – Nayara Silva Chagas (UFMT), Luãn José Vaz Chagas (UFMT)
Durante o congresso, o maior do país na área, há também a entrega de prêmios, como o Luiz Beltrão, concedido nas categorias “Liderança Emergente”, “Maturidade Acadêmica” Grupo Inovador” e “Instituição Paradigmática”, e os prêmios estudantis, para alunos de graduação, mestrado e doutorado.
O Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação acontece desde 1977 e reúne, tradicionalmente, cerca de 3,5 mil pessoas, entre alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e profissionais da área.
No evento, são debatidos tópicos de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial e de conteúdo para mídias digitais e políticas públicas de Comunicação, entre outros. A cidade-sede muda a cada ano e é escolhida pelos sócios da Intercom, em votação realizada no ano anterior.
Para conferir a programação completa do evento, basta clicar aqui!
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